quinta-feira, 14 de junho de 2007

AINDA É CEDO
Sim, mas onde está o relógio, a porra do celular?
Humidade
Mofo
A garganta fisgando
Certa vez ouvi na novela:
"O caos liberta"
E me absolvo
pela desordem da casa
dos últimos dias, dos últimos anos
dos últimos amores desde sempre

DONA MARIA SAIU À FRANCESA
como costumo fazer
Ei, Dona Maria, como é aí do outro lado?
Tem a luminosidade das cores?
Tem torta de limão?
Ela não vai voltar
E eu tenho um filho que escolhi
As vezes eu nem acredito
Mas seus dentinhos nervosos
cravados em meu dedo
inauguraram em mim a consciência
Não. Não saírei mas à francesa.
Agora sei, me sinto indispensável

PONHO O CD VELHO
que tem aquela música
Aquela música que você ia cantar para mim
Lembra? Não lembra?
Oh, caro Friedrich, e você?
Por que está tão calado?
Por que não me diz nada?
Não gosto deste silêncio coberto por lençóis
Prenúncio
Sim, é que agora sei, entende?
Sobre o eterno retorno, caro Friedrich
É. Aconteceu
Acontece
Mas eu preciso saber
Preciso entender
Tipo vide bula, ok?
YOU DON'T UNDERSTAND ME, MY BABY

O SOL ESTÁ APARECENDO. ALELUIA.


PS. Esse texto, em formato/tipo poeminha, dedico ao meu amigo blogueiro Elias Vasconcelos. Que sempre me inspira com os seus escritos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Vi um comentário seu na comunidade da Fernanda Young e vi que você tinha um blog e resolvi invadir, desculpe! hahaha Mas gostei muito dos seus escritos. Escrevo também e sou super fã da Fernanda. Quando quiser fazer uma visita ao meu blog, seja bem vindo! Beijo grande,

IUIF disse...

Meu caro Ary!
Saudades de vc...
Você sim, sabe escrever como ninguem...Vou da sempre uma olhadinha tbm...o meu eu demoro pra atualizar...mas assim que tiver coisa nova eu te aviso.
Abraço.